Gusttavo Lima, um dos cantores sertanejos mais populares do Brasil, está enfrentando uma diminuição na agenda de shows e uma queda no valor de seu cachê, em meio a controvérsias de repertório e posição política
O cantor sertanejo Gusttavo Lima, que conquistou o topo do ranking dos artistas sertanejos mais procurados no Brasil em 2017, está passando por sua primeira grande crise na carreira.
Segundo levantamento exclusivo feito pelo portal Movimento Country, Lima está perdendo espaço nas rádios e nos principais palcos do Brasil em 2023. Esta é considerada a pior agenda do cantor desde 2016. Para se ter uma ideia, os shows programados para acontecer com o “Embaixador” em junho não ultrapassam 12, mais de 50% a menos em comparação aos 25 shows no mesmo período de 2021 ou 2019, período pré-pandemia.
Há várias razões para essa queda no número de shows e também para a redução de 30% no valor de seu cachê, embora Lima ainda lidere a lista dos artistas mais bem pagos do país.
Um dos motivos apontados para essa crise na carreira do cantor é o repertório. O público parece estar se cansando da “Bachata”, estilo adotado por Lima, que faz grande sucesso em Porto Rico e alguns países da América Central. Embora o artista ainda seja o mais tocado nas rádios brasileiras, estima-se que ele gaste mais de R$1 milhão por mês para manter suas canções em evidência.
Além disso, o posicionamento político de apoio ao ex-presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, e o escândalo dos cachês milionários pagos por prefeituras sem licitação, levaram a uma investigação chamada “CPI do Sertanejo“, que coloca Lima no centro de uma tempestade de controvérsias.
Um golpe especialmente duro para Gusttavo Lima foi a sua exclusão da Festa do Peão de Barretos 2023. De acordo com o Movimento Country, Lima teria pedido 50% da bilheteria do evento, cerca de R$6 milhões, um valor bem acima dos padrões do mercado sertanejo. Em 2028, a cantora internacional Shania Twain recebeu R$4 milhões para se apresentar no maior rodeio da América Latina.